terça-feira, 3 de abril de 2012

uma reza aos céus...


Não acredito que haja novos eus para alguém
Se estou aqui, digo assim, tudo por mim, nada por ninguém
Se no teu peito ele te arrefece e bate ingrato
É culpa tua porque ele se esquece que um dia foi amado
Em tempos falei em mentira, o espelho é que é mentiroso
Conta a mesma história todos os dias orgulhoso
Se não foges, mentiroso, és tu também
Que procura felicidade além quando está mais além.
Então reza aos céus, vá, isso vai-te ajudar
Deve-te ajudar, a cozer infinitos apoios para te entrelaçar
Em esperanças fechadas em balanças que um dia morrerão sem ar
Eu já fiquei sem ar…
Caixas abrem caixas dentro de um desejo contido
Com medo que o hoje seja amanhã esquecido…
Assim afoguei-me em letras sem saber se o bem ou mal queriam
Gritar gritava que podia mas só elas podiam
Não encontrei o que escrevi, uma profundidade imaculada
Foi antes uma verdade que tinha muito e pouco ou quase nada.
Tão subjectiva como as linhas que escrevo
Cria uma nostalgia indiferente de que não tenho medo.
Estou farto de ti karma
Se sinto karma não quero karma
Se olho para ti karma ele não me larga
Para mim não há karma há eu e vocês
Vocês karma e eu, sem karma ou porquês.



  • escrito por ricardo filipe sousa




Dedicatória: A todos os que lêm a minha poesia, quer gostem ou não.


Nota: "Depois de recuperar o meu caminho de volta, apercebi-me que os problemas nunca deixam de existir e dentro de uma caixa á sempre outra á  espera de ser aberta, cheia de novas surpresas felizes e infelizes, ontem abri uma caixa e gostei da outra que ela continha."




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